As orelhas deformadas resultam de uma anomalia de crescimento do pavilhão auricular e podem ter tamanhos e formas desproporcionadas e irregulares constituindo um muito sério problema psicológico e psico-social.
Em geral, esta alteração começa a manifestar-se entre os 4 e os 6 anos de idade e coincide com a entrada da criança na escola. Aí, são vítimas de brincadeiras jocosas e alcunhas que os podem afectar psicologicamente. Este facto é, talvez, o mais importante para que a criança e os seus pais, tomem a decisão de tratar a anomalia.
As mais vulgares são as orelhas proeminentes, são designadas de “orelhas de abano” ou “orelhas em asa”.
Apesar da necessidade de realizar a cirurgia com anestesia geral, é nestas idades que a correcção deve ser feita, a partir dos 5 anos, altura em que as cartilagens já têm a forma definitiva e são fáceis de moldar.
Também se pode realizar a correcção em pacientes adultos com a mesma eficácia.
Nas crianças, sempre geral. Nos adolescentes ou adultos a cirurgia realiza-se normalmente sob anestesia local, com neuroleptoanalgesia, isto é, com anestesia local e sedação consciente.
Sim. Se feito sob anestesia geral, normalmente o paciente tem de passar 4 a 6 horas de recobro pós-operatório e depois regressa a casa.
O diagnóstico da deformidade é o mais importante. Se está a pensar submeter-se a uma otoplastia, deverá consultar um cirurgião experiente e conhecedor dos detalhes anatómicos do pavilhão auricular, que identifique a real causa da anomalia e seja dotado de uma técnica cirúrgica meticulosa e delicada.
Existem muitas técnicas de otoplastia. Em geral realiza-se a cirurgia por detrás das orelhas deixando as cicatrizes ocultas. Outras técnicas utilizam a parte anterior deixando uma cicatriz quase imperceptível.
Pode ser necessário ressecar e/ou modelar alguma parte cartilaginosa dependendo da deformidade.
As mais frequentes que são os hematomas e infecções.Temos de as evitar.
Em relação às cicatrizes, como em geral as mesmas ficam detrás da orelha, são imperceptíveis.
É bem tolerado pela maioria dos doentes. Podem surgir algumas dores e equimoses.
O paciente tem de utilizar uma faixa de contenção durante 15 dias, 24 horas por dia.
Geralmente as crianças podem regressar ao colégio ao fim da primeira semana e os adultos passados os primeiros 3 dias. Ginásio só ao fim de 1 semana, aumentando a intensidade do treino progressivamente.